Embora o processo de desertificação não seja novo, ou específico de uma estação determinada, a percepção do ambiente numa escala mundial ampliou-se e gerou um interesse público alargado que se expandiu aos círculos científicos e governamentais. A desertificação ocorre em todos os continentes excepto no Antárctico e afecta os modos de vida de milhões de pessoas, incluindo uma larga proporção de pobres nas zonas áridas que ocupam 41% da superfície terrestre e alberga mais de 2 biliões de pessoas. A persistência da não estabilização destas terras frágeis e a substancial redução na provisão de serviços ambientais em resultado do uso intensivo dos recursos, da incapacidade de uma generalização de tecnologias apropriadas para proporcionar um aumento da oferta de alimentos, forragem e fuel, da escassez de água, e da mudança climática coloca a desertificação entre o maior desafio ambiental de hoje e num dos maiores obstáculos na satisfação das necessidades humanas e na finalização dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio. Os cenários das mudanças climáticas adicionam-se à degradação ambiental associada com a desertificação e trazem novas ameaças quanto à intensificação das tendências de expansão destas áreas degradadas. Em Portugal, os cenários preditivos das mudanças climáticas colocam a fronteira de risco de desertificação a norte do Rio Tejo. Se bem que Portugal esteja muito melhor equipado do que outros susceptíveis à desertificação nos trópicos, o autor acredita que lidar com a desertificação e as suas consequências económicas, tal como proposto para os trópicos, e cujos exemplos de intervenção revisitámos, é mais susceptível de produzir resultados quando são implementadas abordagens pró-activas de gestão e implementados projectos de investigação florestal em conjugação com um aumento de gestão integrada do solo e da água e de políticas efectivas. Estas abordagens integradas podem ser inicialmente caras devidas ao desenvolvimento tecnológico e podem também ter uma lenta expressão na melhoria ambiental mas o seu efeito multiplicativo a longo prazo pode ser decisivo na conservação e aumento da biodiversidade e de serem capazes de proporcionar um modo de vida aceitável para as populações destas áreas de risco.
Bien que le processus de la désertification ne soit pas nouveau ou spécifique au site, la croissance de conscience environnementale à l'échelle mondiale étendue a généré un intérêt public extensif, et aussi de la part de la communauté scientifique et des gouvernements. La Désertification a lieu sur tous les continents à l'exception de l'Antarctique et elle affecte la qualité de vie de millions de personnes, y compris une large proportion de pauvres qui occupent presque 41% da la surface de la Terre et est la maison de plus de 2 billions de personnes. Le manque de stabilisation de ces sols fragiles, la réduction de la provision des services environnementaux résultant de l'usage intensif des ressources, de l'incapacité de l'expansion extensive des technologies adaptables pour accroître une offre ajoutée de nourriture, pâturage et de bois d'énergie, et le manque d'eau et les effets du changement climatique, fait de la désertisation un des premiers défis pour l'environnement. Ce sont aussi des obstacles majeurs à la finalisation des objectifs du Développement du Millenium. Les prévisions de changements climatiques accroissent les risques de dégradations associées à la désertification, ce qui fait accroître les tendances d'extension de ces terres dégradées. Au Portugal, les prévisions de changement climatique placent la ligne de risque déjà au nord du fleuve Tejo. Si bien que le Portugal est mieux placé, comparativement à d'autres pays tropicaux secs en risque. L'auteur croît que pour faire face à la désertification et à ses conséquences économiques, comme il est proposé pour certains pays tropicaux, et dont les projets de récupération revus, les abordages de gestion proactive et la recherche forestière utilisés, en conjugaison avec la gestion intégré du sols et de l'eau, supporté par des politiques effectives sont des instruments essentiels à l'obtention de résultats. Ces abordages intégrés peuvent être très coûteux dans la phase initiale et peuvent ne pas produire de résultats environnementaux visibles, mais ces effets multiplicatifs à long terme feraient la différence entre la conservation et l’amélioration de la biodiversité et pourraient fournir, à moyen terme, des moyens de vie acceptable pour les personnes dans ces espaces.
Although desertification process is not new or site specific, the environmental awareness in a world board scale has enlarged and generated a wider public interest, extensive to the scientific circles and governments. Desertification takes place in all continents except Antarctic and affects the livelihoods of millions of people, including a large proportion of the poor in drylands which occupies about 41% of the Earth's land and are home to more than 2 billion people. The persistence of unresolved stabilization of these fragile lands and the substantial reduction in the provision of ecosystem services as a result of intensive use of resources, incapacity of wide spread adequate technologies for providing increased supply of food, forage and fuel, water scarcity, and climate change puts desertification in among the greatest environmental challenges today and a major impediment to meeting human needs and attainment of the Millennium Development Goals. Scenarios for Climate change add up to environmental degradation associated with desertification bringing new threats of intensification of trends in the expansion of these degraded areas. In Portugal, the predictive scenarios on Climate Change points out the risk line of desertification overtaking already the Tagus River. Although Portugal is far better positioned than other desertification prone dry countries in the tropics and whose intervention examples are revised, the author believes that coping with desertification and its economic conditions, just as it is proposed for the tropics, will likely fare better when proactive management approaches and forest research projects are used and when increased integration of land and water management are implemented by effective policies. These integrated approaches may initially have high costs due to technological development and may also have a slow expression in environment improvement but its long term multiplicative effect may make the difference in conserving or enhance biodiversity and being able to provide acceptable livelihood for people in these risk prone areas.